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quarta-feira, 20 de maio de 2009
terça-feira, 19 de maio de 2009
Album de Fotografias
Como tudo Começou

Esse sonho chamado UBM se iniciou em 1990 após começar meus trabalhos na Secretaria Extraordinária de Assuntos Fundiários e Assentamentos Humanos, Superintendência de Recursos e Ação Fundiária do Estado do Rio de Janeiro.
Como estagiário de Direito me envolvia diretamente e indiretamente com o movimento social dos sem terra e sem teto de todo o Estado do Rio de Janeiro, nas questões de moradia, situação sócio-econômica, conflitos entre os donos das terras devolutas (sem destinação adequada em áreas rurais e urbanas) que buscavam também exercer o seu direito quando tinham suas terras invadidas por gente que não tinha alternativa, senão buscar esperança de reerguer-se em um pedaço de terra para construir sua habitação, plantar e colher para sobreviver.
No início foi difícil pela minha formação (aluno do curso de Direito) e sentido ético, ver pessoas que procuravam ser defendidas após invadir um terreno que pertence a alguém. Mas comecei a entender o outro lado da moeda, quando me dei conta que são terras sem utilização, aguardando as especulações imobiliárias, que favorecem classes mais abastadas, contra umas maiorias desesperadas, que não tem outra forma para buscar sobreviver a não ser invadir. Ficava difícil não se comover com tantos casos de luta, aonde muito das vezes a violência gerava vítimas fatais, agressões, deixando marcas não só físicas como psicológicas para sempre nessa gente lutadora e que vinham em nós as suas últimas esperanças. As poucas equipes de topografia, levantamento sócio-econômico e ação fundiária da SEAF-RJ se revezavam para dar conta de tantos focos que aconteciam quase que diariamente em todo o Estado do Rio de Janeiro envolvendo latifundiários e invasores de terra e quando chegávamos, éramos recebidos como heróis de uma luta desigual contra os latifundiários e especuladores imobiliários.
Seja como for, precisávamos estar sempre motivados para passar força, coragem e um pouco de esperança para aqueles que muita das vezes não tinham o que comer em suas lonas improvisada. Além do envolvimento com os invasores, participávamos das audiências com os donos dos terrenos, evitávamos tragédias nos confrontos entre policiais e os invasores, assim como, sofríamos muitas das vezes nos acampamentos a hostilidade das pessoas que ali se fixavam por pensarem, que poderíamos ser pessoas mandadas pelos donos dos terrenos.
Toda essa gama de conhecimento adquirido foi criando em mim, uma necessidade de fazer algo mais pelas pessoas menos favorecidas, contribuir para mudar o quadro social tão desvantajoso que se apresentava para mim e que muita das vezes não era visto e cuidado pelos órgãos públicos, empresários e pessoas responsáveis pela educação, saúde, segurança Pública, trabalho e renda, obras públicas do Estado do RJ.
Acabei então por me envolver com líderes de movimentos de sem teto e sem terra, passando a orientar pessoas e planejar invasões aos terrenos por conta de um ideal de moradia para os mais necessitados e com isso, acabei tendo de trancar faculdade, perdi o meu emprego e acabei despejado de onde eu morava por conta dessa luta. Passei a viver nas invasões e através dos conhecimentos adquiridos conseguia proteger as pessoas dos conflitos e acionava a SEAF-RJ quando necessário para dar andamento aos processos de desapropriação das comunidades.
Vivia da ajuda das pessoas e da SEAF-RJ, mas comecei a incomodar não só os latifundiários e especuladores imobiliários, como também os líderes dos movimentos por conta dos interesses além dos sociais que eu tinha na luta. Descobrindo pelo caminho mais doloroso, que o inimigo não estava lá fora, mas dentro do próprio movimento que eu abracei de corpo e alma.
Enquanto trabalhava arduamente, levantando a moral de todos, nem passava pela minha cabeça, que muitos líderes tinham interesses políticos por trás do movimento e não estavam a fim de dividir com ninguém os benefícios do poder, usando as pessoas como trampolim para as suas intenções individuais e lucros fáceis nas diversas esferas públicas. Quando desconfiei que estava sendo manipulado para outros interesses, já era tarde demais e sofrendo as conseqüências da ambição dos líderes, perdendo o estágio na SEAF-RJ que seria uma promessa de vaga efetiva, não fui agraciado com um lote na comunidade Tiradentes, morando numa das ruas da mesma, sendo obrigado a ir para a comunidade recente Cavaleiro da Esperança, aonde estou até hoje, por conta de um líder que acreditava na minha conduta de trabalho e não pactuava com o restante.
Infelizmente esse líder teve de ir embora, por sofrer ameaças pelo seu ato de me ajudar, mas continuei mesmo assim, firme no meu propósito social. Pelas pessoas que acreditavam na minha vontade de mudar o quadro social vigente, fiz muitos amigos, mas também inimigos, só que as forças existenciais ajudam e salvam muitas das vezes quem tem boa intenção. Falo isso, por experiência própria de uma situação de muitas que me marcaram para sempre, quando fui abordado por um camarada que veio no meu barraco na época no Cavaleiro da Esperança, após a saída do líder que me trouxe pra lá e falou:
-Seu Byra, pediram pra eu matar o senhor, depois tacar fogo no barraco, mas sei que o senhor ajudou minha mãe e irmã, por isso, pode ficar tranqüilo que ninguém vai fazer mal pro senhor e sua família.
Assim como esse acontecido, outros tantos surgiram para me levar para frente e uma expressão de um amigo que disse: - Byra, até um pé na bunda, nos leva pra frente. Realmente tenho que concordar com uma frase de um homem sem muita cultura, mas de uma sabedoria superior a qualquer diploma. O que nos motiva e impulsiona para frente são os nossos pensamentos, alterados pelos acontecimentos e momentos vividos, as reflexões que fazemos dos nossos atos e seja como for, existe uma linha cósmica que nos leva pra frente, se assim desejarmos pois, é muito mais fácil desistir e desacreditar da coisa chamada luta pela qualidade de vida e bem estar social. Ainda mais num quadro caótico o qual vivemos na sociedade imediatista, egoísta e muita das vezes desumana. Foi buscando motivação e crença em dias melhores que as conquistas apareceram, pessoas surgiram para somar a essa luta e isso, me permitiu chegar até a criação da minha ONG-União Brasil Melhor – UBM em 11/04/2007, CNPJ – 08.792.105/0001-32 que é a ferramenta para exercer uma cidadania plena com qualidade de vida, promovendo o Bem Estar Social das pessoas.
Somos hoje três pessoas, essas duas que abraçaram comigo a bandeira da ong tem um espírito social assim como eu, com históricos diferentes, mas acreditam que o esforço conjunto pode levar ao sucesso das ações e que unidos podemos alcançar muito mais e melhor. É embrionária a ONG-UBM, mas já nasceu com espírito de gente grande, buscando parcerias da iniciativa privada, com órgãos públicos, órgão internacional, se envolvendo com lutas sociais dentro das comunidades em diversos pontos do Estado do Rio de Janeiro e fazendo contato com as forças responsáveis em garantir a qualidade de vida do Povo carioca, num objetivo de trazer as pessoas que nos procuram a possibilidade de ter acesso à educação, saúde, emprego e renda, qualificação profissional, alimentação, assistência jurídica, tratamento,organização e estruturação de associações e afins como outros.
Só com o esforço conjunto e continuado poderemos fazer a nossa parte, mesmo que isso não seja ainda o ideal, mas já servirá de exemplo para outros que desejarem se unir e somar em nossa luta por dias melhores.Para aqueles que não acreditam, peço que reflitam nos passos de “Jesus” que não escreveu uma linha se quer, escreveram por “Ele”, mas sua maior marca foi o de Fazer o Bem sem Distinção, que procuro praticar, representado em duas frases que acredito centralizar tudo:
O EXEMPLO É, A MAIOR FORMA DE AUTORIDADE. QUE O EXEMPLO SEJA A MINHA ÚNICA FORMA DE AUTORIDADE, SOBRE O MEU PRÓXIMO.
No início foi difícil pela minha formação (aluno do curso de Direito) e sentido ético, ver pessoas que procuravam ser defendidas após invadir um terreno que pertence a alguém. Mas comecei a entender o outro lado da moeda, quando me dei conta que são terras sem utilização, aguardando as especulações imobiliárias, que favorecem classes mais abastadas, contra umas maiorias desesperadas, que não tem outra forma para buscar sobreviver a não ser invadir. Ficava difícil não se comover com tantos casos de luta, aonde muito das vezes a violência gerava vítimas fatais, agressões, deixando marcas não só físicas como psicológicas para sempre nessa gente lutadora e que vinham em nós as suas últimas esperanças. As poucas equipes de topografia, levantamento sócio-econômico e ação fundiária da SEAF-RJ se revezavam para dar conta de tantos focos que aconteciam quase que diariamente em todo o Estado do Rio de Janeiro envolvendo latifundiários e invasores de terra e quando chegávamos, éramos recebidos como heróis de uma luta desigual contra os latifundiários e especuladores imobiliários.
Seja como for, precisávamos estar sempre motivados para passar força, coragem e um pouco de esperança para aqueles que muita das vezes não tinham o que comer em suas lonas improvisada. Além do envolvimento com os invasores, participávamos das audiências com os donos dos terrenos, evitávamos tragédias nos confrontos entre policiais e os invasores, assim como, sofríamos muitas das vezes nos acampamentos a hostilidade das pessoas que ali se fixavam por pensarem, que poderíamos ser pessoas mandadas pelos donos dos terrenos.
Toda essa gama de conhecimento adquirido foi criando em mim, uma necessidade de fazer algo mais pelas pessoas menos favorecidas, contribuir para mudar o quadro social tão desvantajoso que se apresentava para mim e que muita das vezes não era visto e cuidado pelos órgãos públicos, empresários e pessoas responsáveis pela educação, saúde, segurança Pública, trabalho e renda, obras públicas do Estado do RJ.
Acabei então por me envolver com líderes de movimentos de sem teto e sem terra, passando a orientar pessoas e planejar invasões aos terrenos por conta de um ideal de moradia para os mais necessitados e com isso, acabei tendo de trancar faculdade, perdi o meu emprego e acabei despejado de onde eu morava por conta dessa luta. Passei a viver nas invasões e através dos conhecimentos adquiridos conseguia proteger as pessoas dos conflitos e acionava a SEAF-RJ quando necessário para dar andamento aos processos de desapropriação das comunidades.
Vivia da ajuda das pessoas e da SEAF-RJ, mas comecei a incomodar não só os latifundiários e especuladores imobiliários, como também os líderes dos movimentos por conta dos interesses além dos sociais que eu tinha na luta. Descobrindo pelo caminho mais doloroso, que o inimigo não estava lá fora, mas dentro do próprio movimento que eu abracei de corpo e alma.
Enquanto trabalhava arduamente, levantando a moral de todos, nem passava pela minha cabeça, que muitos líderes tinham interesses políticos por trás do movimento e não estavam a fim de dividir com ninguém os benefícios do poder, usando as pessoas como trampolim para as suas intenções individuais e lucros fáceis nas diversas esferas públicas. Quando desconfiei que estava sendo manipulado para outros interesses, já era tarde demais e sofrendo as conseqüências da ambição dos líderes, perdendo o estágio na SEAF-RJ que seria uma promessa de vaga efetiva, não fui agraciado com um lote na comunidade Tiradentes, morando numa das ruas da mesma, sendo obrigado a ir para a comunidade recente Cavaleiro da Esperança, aonde estou até hoje, por conta de um líder que acreditava na minha conduta de trabalho e não pactuava com o restante.
Infelizmente esse líder teve de ir embora, por sofrer ameaças pelo seu ato de me ajudar, mas continuei mesmo assim, firme no meu propósito social. Pelas pessoas que acreditavam na minha vontade de mudar o quadro social vigente, fiz muitos amigos, mas também inimigos, só que as forças existenciais ajudam e salvam muitas das vezes quem tem boa intenção. Falo isso, por experiência própria de uma situação de muitas que me marcaram para sempre, quando fui abordado por um camarada que veio no meu barraco na época no Cavaleiro da Esperança, após a saída do líder que me trouxe pra lá e falou:
-Seu Byra, pediram pra eu matar o senhor, depois tacar fogo no barraco, mas sei que o senhor ajudou minha mãe e irmã, por isso, pode ficar tranqüilo que ninguém vai fazer mal pro senhor e sua família.
Assim como esse acontecido, outros tantos surgiram para me levar para frente e uma expressão de um amigo que disse: - Byra, até um pé na bunda, nos leva pra frente. Realmente tenho que concordar com uma frase de um homem sem muita cultura, mas de uma sabedoria superior a qualquer diploma. O que nos motiva e impulsiona para frente são os nossos pensamentos, alterados pelos acontecimentos e momentos vividos, as reflexões que fazemos dos nossos atos e seja como for, existe uma linha cósmica que nos leva pra frente, se assim desejarmos pois, é muito mais fácil desistir e desacreditar da coisa chamada luta pela qualidade de vida e bem estar social. Ainda mais num quadro caótico o qual vivemos na sociedade imediatista, egoísta e muita das vezes desumana. Foi buscando motivação e crença em dias melhores que as conquistas apareceram, pessoas surgiram para somar a essa luta e isso, me permitiu chegar até a criação da minha ONG-União Brasil Melhor – UBM em 11/04/2007, CNPJ – 08.792.105/0001-32 que é a ferramenta para exercer uma cidadania plena com qualidade de vida, promovendo o Bem Estar Social das pessoas.
Somos hoje três pessoas, essas duas que abraçaram comigo a bandeira da ong tem um espírito social assim como eu, com históricos diferentes, mas acreditam que o esforço conjunto pode levar ao sucesso das ações e que unidos podemos alcançar muito mais e melhor. É embrionária a ONG-UBM, mas já nasceu com espírito de gente grande, buscando parcerias da iniciativa privada, com órgãos públicos, órgão internacional, se envolvendo com lutas sociais dentro das comunidades em diversos pontos do Estado do Rio de Janeiro e fazendo contato com as forças responsáveis em garantir a qualidade de vida do Povo carioca, num objetivo de trazer as pessoas que nos procuram a possibilidade de ter acesso à educação, saúde, emprego e renda, qualificação profissional, alimentação, assistência jurídica, tratamento,organização e estruturação de associações e afins como outros.
Só com o esforço conjunto e continuado poderemos fazer a nossa parte, mesmo que isso não seja ainda o ideal, mas já servirá de exemplo para outros que desejarem se unir e somar em nossa luta por dias melhores.Para aqueles que não acreditam, peço que reflitam nos passos de “Jesus” que não escreveu uma linha se quer, escreveram por “Ele”, mas sua maior marca foi o de Fazer o Bem sem Distinção, que procuro praticar, representado em duas frases que acredito centralizar tudo:
O EXEMPLO É, A MAIOR FORMA DE AUTORIDADE. QUE O EXEMPLO SEJA A MINHA ÚNICA FORMA DE AUTORIDADE, SOBRE O MEU PRÓXIMO.
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